4 de out. de 2010

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Dificuldades de aprendizagem é um termo que desperta a atenção para a existência de crianças que freqüentam escolas e apresentam vários tipos de dificuldades na escola, embora não apresentam aparentemente defeitos físicos, sensorial, intelectual ou emocional. Essas crianças por muito tempo foram ignoradas e mal diagnosticas
Nos últimos 20 anos, o número de aluno que manifestam dificuldades de aprendizagem tem crescido consideravelmente, e esses alunos muitas vezes perdem o interesse pela escola, ocorrendo além da dificuldade outros problemas relacionados.
Os pioneiros Alfred Strauss, psiquiatra e professor e Heins Werner, psicólogo e professor iniciaram um trabalho de investigação no âmbito das lesões cerebrais e da deficiência mental. Os trabalhos de Goldstein (1939 apud Fonseca, 1995) em adultos cerebralmente traumáticos em conseqüência de acidentes em guerra, influenciaram os estudos de Strauss e Werner em crianças com lesões cerebrais.
Segundo Correia e Martins (1997), caracteriza as dificuldades de aprendizagem em duas perspectivas: orgânica e educacional. Na perspectiva orgânica, as DA são desordens neurológicas que interferem com a recepção, integração ou expressão de informação, caracterizando-se em geral, por uma discrepância acentuada entre o potencial estimulado do aluno e a sua realização escolar. Na perspectiva educacional, as DA refletem uma incapacidade para a aprendizagem da leitura, escrita ou do cálculo ou para a aquisição de aptidões sociais.
Seguindo essa idéia Lozano e Rioboo (1998 apud Osti, 2004) dividem as dificuldades de aprendizagem em duas categorias: permanentes e transitórias ou temporais. A categoria das dificuldades permanentes faz parte do campo da área da educação especial e englobam deficiências neuropsicológicas como deficiência mental (leve, média, severa ou profunda), cegueiras, surdez, mudez, transtornos congênitos da linguagem oral, escrita e cálculo, paralisia cerebral, transtornos psicomotores, autismo, etc. E na categoria das dificuldades transitórias compõem deficiências no desenvolvimento psicomotor como orientação espacial, coordenação motora fina, esquema corporal, linguagem oral (dislalia, disfasia, disfonia), transtornos de compreensão e expressão da linguagem falada e escrita (dislexia e disgrafia), deficiência na habilidade de raciocínio lógico – matemático e solução de problemas. Nesta categoria pode englobar dificuldades devido a baixa qualidade sócio ambiental e cultural, inadaptação familiar, baixa estimulação cognitiva, afetiva, emocional e de linguagem, transtornos de conduta e afetivo emocionais como hiperatividade, depressão, ansiedade, agressividade e baixa tolerância a frustração.
Fonseca (1995) caracteriza os problemas mais comuns das crianças que apresentam D.A., sendo eles:
a) Dificuldade de atenção: apresentando dificuldade em focar ou fixar a atenção;
b) Problemas perceptivos: sendo os mais freqüentes visual e auditivo;
c) Problemas emocionais;
d) Problemas de memória: apresentando freqüentemente problemas de memorização, conservação, consolidação e retenção das informações recebidas.
e) Problemas cognitivos;
f) Problemas psicolingüísticos; apresentando um déficit nos processos receptivos, integrativos e expressivos em conjunto com as desordens da linguagem falada e da linguagem escrita;
g) Problemas psicomotores etc..
Com relação sobre a incidência de crianças que apresentam DA em diversos países foi sistematicamente pesquisada e obtiveram-se dados como: Inglaterra, 14%; França, 12 – 14%; Canadá, 10 – 16%; Estados Unidos, 15% de crianças com dificuldades escolares nas séries iniciais de educação (HARRIS, 2000).
No Brasil, o problema estende-se á dificuldade principal de separar-se o distúrbio de aprendizagem de outros rótulos, além de termos pouca adequação entre a idade cronológica e a série escolar. Nossas crianças apresentam o problema mais tardiamente do que outras populações, porque o distúrbio ou a dificuldade escolar manifesta-se após a entrada da criança na escola.
A identificação das dificuldades de aprendizagem no ambiente escolar não se constitui em tarefa fácil, e muitas vezes, a alternativa dada envolve a colocação das crianças em programas especiais de ensino como o proposto para as salas de reforço ou de recuperação paralela, destinadas a alunos com dificuldades não superadas no cotidiano escolar. (Garcia, 1998). E isso pode gerar além da dificuldade de aprendizagem o fracasso escolar, prejudicando não só a vida escolar do aluno como também outros aspectos sociais, emocionais, familiares, etc.
A dificuldade de aprendizagem quase sempre se apresenta associada a outros comprometimentos. Estudos têm revelado que comumente as crianças com dificuldades escolares manifestam paralelamente prejuízos de ordem emocional e comportamental (GRAMINHA, 1994). Com essa afirmação, pode-se destacar também que a criança além de apresentar uma dificuldade na área de aprendizagem também pode ocasionar níveis elevados de stress, prejudicando ainda mais o seu desempenho escolar.
Este estudo sobre o stress infantil e sua relação com as dificuldades de aprendizagem é de grande importância para as diversas áreas de conhecimento, principalmente no que se refere à prevenção.
Se atualmente, tem-se um número de adolescentes e adultos com níveis elevados de stress e apresentando grandes dificuldades na aprendizagem, causando sérias conseqüências, é imprescindível que seja feita um diagnóstico precoce e a prevenção que pode se dar na infância, identificando suas causas.
Faz – se necessário estudo aprofundado no que se refere ao stress infantil e sua relação com as dificuldades de aprendizagem, ajudando na identificação das causas para que possam ser trabalhadas, tanto no contexto escolar, familiar, social, etc.
Pensando sobre o stress infantil e sua relação com as dificuldades de aprendizagem, o presente estudo teve como objetivo identificar a relação entre stress infantil e dificuldades de aprendizagem em crianças de idade escolar.

2 comentários:

Anônimo disse...

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